segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

SUGESTÃO DE ATIVIDADE- O TANGRAM


O TANGRAM é uma ótima oportunidade de atividade para turmas de 5ª`a 8ªséries. Podemos explorar as formas, medidas, áreas e construção das figuras geométricas. Além de trabalhar a imaginação do aluno, a atenção, o raciocínio lógico, o trabalho em grupo, a pesquisa e muito mais.

Muitos conhecem o Tangram, um quebra-cabeça chinês, de origem milenar. Seu nome original é: Tch´ i Tch´ iao Pan, significa as sete tábuas da argúcia. Ao contrário de outros quebra-cabeças ele é formado por apenas sete peças com formas geométricas resultantes da decomposição de um quadrado, são elas:
· 2 triângulos grandes;
· 2 triângulos pequenos;
· 1 triângulo médio;
· 1 quadrado;
· 1 paralelogramo
Com estas peças é possível criar e montar cerca de 1700 figuras entre animais, plantas, pessoas, objetos, letras, números, figuras geométricas entre outras. Veja:

O professor precisa se conscientizar que este quebra-cabeça tem sido utilizado como material didático nas aulas de Artes e precisa estar cada vez mais presente nas aulas de Matemática. O trabalho com o Tangram deve iniciar visando a exploração das peças e a identificação das suas formas.
Logo depois, se passa à sobreposição e construção de figuras dadas a partir de uma silhueta, nesse caso, cabe ao aluno reconhecer e interpretar o que se pede, analisar as possibilidades e tentar a construção. Durante todo esse processo, a criança precisa analisar as propriedades das peças do Tangram e da figura que se quer construir, se detendo ora no todo de cada figura, ora nas partes.
A filosofia do Tangram é de que um todo é divisível em partes, as quais podem ser reorganizadas num outro todo, como a própria concepção de Malba Tahan sobre a matemática. As regras do principal jogo proposto no trabalho com Tangram consistem em usar as sete peças em qualquer montagem de reprodução de figuras, apresentadas em silhueta, utilizando as sete peças, colocando-as lado a lado sem sobreposição.

4 comentários:

  1. Tio, adorei seu blog!
    não sabia q vc escrevia tão bem!

    Bom, agora chega de bajulações...
    Minha intenção de postar este comentário é compartilhar minha experiência própria sobre o assunto que meu tio postou acima.

    Bem, ele citou na primeira frase bem assim: "O TANGRAM é uma ótima oportunidade de atividade para turmas de 5ª`a 8ªséries".
    Pois é, e o louco (rsrsrsrs) me deu um Tangram - se não me falha a memória - foi antes dele se mudar pra abaetetuba, ou seja, eu não estava nem perto da 4ªsérie primária. Não lembro exatamente quantos anos eu tinha na época, mas lembro bem que minha irmã ainda usava fraudas e minha vó ainda morava em bangu.

    Bom, tirando os detalhes sórdidos da história toda... eu adorei o presente que meu padrinho querido e amado me dera quando eu era bem pequena.
    Eu adorava usar as formas geométricas que o tangram contém e vê-las se transformando em vários bichos e formas diferentes dependendo de como você encaixa as peças.
    O fato de um quadrado ser composto por triângulos de tamanhos distintos e um quadrado menor mais um paralelogramo e ainda poder pegar esse grande quadrado desmontá-lo e formar outras formas conforme tenta-se montar "O quebra-cabeça" era fascinante!
    Na época, quando ganhei, eu não entendia direito e mesmo depois dele ter me explicado e me ensinado "a mágica da brincadeira" eu ficava horas tentando montar as formas, os bichinhos, achava muito divertido.
    Mais tarde, conforme fui crescendo fui começando a entender o sentido matemático da "brincadeira".
    Meu Tangram durou muitos anos,ficou esquecido por um tempo, mas depois foi redescoberto, mas eu já não sabia mais como usar e não lembro que fim ele teve.

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  2. Oi, de novo! rsrs

    Bom, não sei se o correto é chamar o Tangram de brinquedo, mas pra mim ele foi um brinquedo e como eu adorava brincar com ele, me divertia e aprendia matemática ao mesmo tempo.

    Esta experiência foi de suma importância pra um trabalho que eu iria participar em 2005 quando eu estava no 2º ano do colegial.
    Como fui a melhor aluna da classe e também do turno da tarde em matemática do colégio em que estudei,Profº.: F.A. Raja Gablaglia, fui escolhida pelo professor da matéria em questão pra ser monitora e assim tentar ajudar os alunos que tinham mais dificuldade na mesma com aulas de reforço, onde estes teriam que ir no horário da manhã para participar destas aulas. E o mesmo foi feito com o turno da manhã, uma aluna foi escolhida para dar aulas de reforço para os alunos da manhã que teriam que ficar no colégio no turno da tarde para assistir estas aulas de durariam no máximo duas horas.

    Na reunião que foi feita onde o professor nos explicou exatamente o que teríamos que fazer, como deveríamos agir e o porque fomos escolhidas para dar as aulas no lugar de professores: "a intenção de usar alunos para ensinar alunos é que dessa forma os alunos que tem dificuldades fiquem menos inibidos, desta forma, acreditamos que eles vão poder tirar as dúvidas sem ter vergonha de dizê-las".
    Bom, acreditava-se, na época, que alguns alunos não tiravam as dúvidas porque tinham vergonha de dizer que não entenderam. E outros tinham uma dificuldade gigantesca em absorver o conteúdo e menosprezavam a matéria como se ela numa fosse servir no futuro e não se esforçavam pra aprender. E ainda outros por ter um bloqueio que já carrega desde que nasceu - por ouvir desde pequeno que matemática é um saco, que matemática é difícil, é um bicho de sete cabeças, entre outras idiotices - acabaram inconscientemente levando isso consigo e mais tarde deixando esse bloqueio atrapalhar.
    Na época, eu parei pra pensar e cheguei a conclusão que realmente, esses era apenas alguns dos problemas, dos porquês os alunos não conseguiam aprender matemática.

    Os professores que coordenavam essas aulas de reforço tinham muitas ideias, mas o maior problema era: como vamos incentivar esses alunos a participarem das aulas sem serem obrigados a isso? Então foi pensado em modos, maneiras alternativas de ensino.
    Um dos professores chegou até a citar alguns jogos que estimulam o raciocínio como o xadrez, dominó, - outros que não me lembro agora - o próprio Tangram, mas o problema era: como transformar esses jogos pra que se tornem divertidos e não pareçam tão difíceis e complexos?
    Quando mencionaram esses jogos eu gostei. Tive algumas ideias e como eu conhecia o problema dos alunos com a visão deles e não com a visão de um professor... pedi a eles que me ouvissem - o legal é que fui ouvida! -
    e comentei que já conhecia o Tangram, que meu tio tinha me dado quando era bem pequena, comentei que adorava, porque achava divertido... enfim, comentei o que achava em relação aos jogos como xadrez, dama, dominó, que eram jogos que exercitavam o raciocínio, a lógica...
    Comentei também que meus colegas eram bons em matemática, que tinham facilidade em fazer as contas de cabeça, e que conheciam as matérias, mas eles não compreendiam as regras mais básicas e por isso erravam.
    função, log, expressões, eles sempre erravam as regras mais básicas e não conseguiam completar as contas pra chegar nos resultados finais corretos. a maior dificuldade deles era por exemplo, a troca de sinais, isso afundava mais da metade da minha turma na época.

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  3. Ai, não deu tudo no mesmo comentário!
    rsrs... é grande demais

    então dei a ideia de pegarmos as maiores dificuldades, já identificadas deles, e modificarmos alguns desses jogos já existentes misturando os dois. pegamos jogos que os alunos sabiam jogar e colocamos a matemática com muito mais evidência.

    O maior exemplo que posso dar, que também foi o que os alunos mais gostaram de jogar foi o dominó - agora não lembro o nome de demos a ele - no lugar dos gamãos, e bolinhas colocamos expressões matemáticas fáceis e difíceis de um lado da peça e do outro um número que era a resposta de alguma expressão.
    Fizemos um cinco dominós de expressões, e cada dominós tinha seu grau de dificuldade.

    Os professores cuidaram pra que na hora em que o jogo começasse, não fosse possível travar o jogo rapidamente e se fosse travado que ao abrir as peças - igualmente acontece no dominó comum - o jogo pudesse continuar.

    No início os alunos desprezaram o jogo, ficaram um pouco tímidos, mas depois que entenderam o jogo, depois que pegaram o gostinho da coisa, eles começaram a se empolgar.
    Conforme os dias iam passando, percebi que eles cada vez mais começavam a chegar mais cedo, depois de mais um tempinho, além de chegar mais cedo ficavam até mais tarde.

    O rendimento deles na matéria melhorou consideravelmente, mas é claro, cada aluno com suas limitações. Alguns tiraram dez pela primeira vez na matéria, outros apenas conseguiram ficar na média sem precisar de recuperação.

    Infelizmente o governo não pagou devidamente os honorários aos professores e aos monitores e o projeto só durou dois meses
    e não houve continuidades no ano seguinte.

    Nessas aulas frequentavam não só alunos do segundo ano, mas do primeiro e um ou outro do terceiro ano também. Porque é como disse acima, as maiores dificuldades deles eram nas regras mais básicas.

    Depois desses dois meses percebi que esse grupo de estudos se reunia no horário do intervalo e ficavam conversando, percebi também que eles até começaram a se ajudar nas outras matérias também.
    Quando me viam perguntavam se eu sabia se as aulas tinham acabado de vez, se não tinha como continuar - eles perguntavam o mesmo pros professores - então um dos professores disse: "Que bom que a semente que plantamos está gritando pra crescer e florescer! Espero que tenham aprendido que não devem levar pra casa suas dúvidas e que sempre tem um aluno que entende mais uma matéria do que a outra. Meu conselho é: aproveitem isso e façam um grupo de estudos por conta própria, vão um pra casa do outro, ou cheguem mais cedo na escolha, vão pra casa uma ou duas horas depois, estudem no intervalo".

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  4. Hããã! limite de caracteres é um saco!
    tenho que ficar dividindo o comentário
    pra poder postar tudo, que chato!

    Um aluno, ainda inconformado disse mais ou menos assim - não lembro direito - "mas gostamos do jogo, será que não tem outros jogos assim"?
    e professor disse: "infelizmente não tivemos tempo de fazer outros jogos, ou pelo menos de transformá-los, como fizemos com o dominó que vocês tanto gostaram. o que posso fazer por vocês é ensinar um jogo muito antigo que estimula o raciocínio e que acho que não sabem jogar, pelo menos nunca os vi jogando".

    Depois disso, os alunos organizaram internamente - o melhor é que não teve confusão alguma e que a quantidade de alunos que queriam aprender foi aumentando consideravelmente - e começaram a jogar xadrez nas mesinhas da escolha.
    Eles gostaram tanto que no final do ano teve campeonato e tudo!

    Eu terminei o ensino médio no final de 2006 e vi que em 2005 os alunos haviam começado uma tradição: jogar xadrez nas mesinhas da escola no intervalo e depois da aula.

    Quando entrei no segundo semestre do meu primeiro ano no Raja eu via os alunos sentados nas mesas conversando, dormindo (cochilando), se pegando ou, "zoando os siris"... e quando eu me despedia do colegial eu via alunos brincando, zoando, cantando "não tinha medo o tal João de santo cristo quando ele se perdeu"..., - no colegial sempre rola legião urbana - tocando violão, conversando, "zoando os siris"... "aí, siri, se tu perder o outro bispo pra rainha branca vai ter que matar formiga a grito!", - a hierarquia também não muda - se pegando... "ai, amor, para! eu não sei jogar direito e você fica colocando meu rei em xeque toda hora"!, mas também usando a lógica, raciocínio, a estratégia, a probabilidade e os mamonas assassinas "a soma dos quadrados dos catetos é igual a porra da hipotenusa"! rsrsrsrs...

    Bom, essa foi minha experiência como professora. não sei se será de grande valia algum dia, mas pelo menos sei que dá pra dar umas boas risadas com esses comentários que postei. rsrs

    Tio, lindo!
    B-jokas, te amo!
    Jess

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